sábado, 19 de novembro de 2011

Em honra da memória...

Ao bater das 21:48 de hoje, serão passados 34 anos.
A 19 de Novembro de 1977, numa noite de vento e chuva, um Boeing 727-282, o CS-TBR "Sacadura Cabral", dos, então, Transportes Aéreos Portugueses despenha-se à terceira tentativa de aterragem, no, também então, Aeroporto do Funchal, depois de duas aproximações abortadas devido a má visibilidade.
A bordo seguem 164 pessoas - 8 tripulantes e 156 passageiros. Apenas sobreviverão 33. 122 pessoas morreram e nove serão dadas como desaparecidas.
Ainda hoje é o maior acidente de aviação ocorrido com um avião de registo português e o segundo maior acidente aéreo registado em território nacional.
A partir daí nada foi como dantes. O verdadeiro mito do Aeroporto do Funchal começou nesse momento; foi a partir daí que se generalizou o medo das aterragens cá. Mas, entre muitas outras coisas, também foi aí que, verdadeiramente e de uma forma empenhada, se iniciou o longo processo que conduziu o limitado LPFU de então ao sofisticado LPMA de hoje. E a reconhecida sobriedade, maturidade e profissionalismo com que, hoje, se faz a segurança operacional da relação entre a Aviação e a Madeira, começando nos cockpits e acabando nos quartéis dos bombeiros, tem, muito provávelmente, as suas origens remotas naquelas tenebrosas horas de uma chuvosa noite de Novembro de 1977
Diz-se que a única coisa positiva que pode advir de um acidente de aviação é a possibilidade de, uma vez estabelecidas as causas, se poder (e dever) fazer o possível para aprender e evitar que o sucedido volte a ocorrer. A ser assim, poder-se-á dizer que, se há acidentes na história da aviação moderna onde essa tese, de alguma forma, funcionou, o acidente do TAP425 foi, decerto, um deles. Basta olhar para o LPMA de hoje para se perceber que todos aqueles que perderam a vida junto à cabeceira da pista 06 do Aeroporto do Funchal na noite de 19 de Novembro de 1977 não morreram, decerto, em vão.
E, que no dia de hoje, não os esqueçamos e lhes honremos a memória...
Link para o Relatório de Investigação do Acidente do TAP 425, AQUI

4 comentários:

Octavio Freitas disse...

Realmente já passou bastante tempo, ainda me lembro quando fui a Madeira e ainda era o aeroporto antigo ia cheio de medo pois mal ele tocava com as rodas na pista travava de tal maneira que quase que batiamos com a cabeça na cadeira da frente.
Agora neste novo aeroporto é uma maravilha já não custa nada.
abraço

Berto Garcia disse...

Hermoso homenje recordatorio un abrazo

miradouro das cruzes disse...

Caro Amigo,
Realmente o tempo voa! Jamais esquecerei esse tenebroso dia. Jamais esquecerei as horas de aflição em que todos passamos, em cada lar madeirense a dor tocou-nos mais a uns do que a outros. Mas todos aqueles que voavam frequentemente de e para a Madeira, sentiram um aperto de angustia e sofrimento.
Foi bom não esquecer o momento!

Paulo Olim disse...

Pois é, um acidente que ainda hoje marca um medo em aterrar neste aeroporto...
O tempo voa, mais esse momento já mais vai largar a fama e o medo em aterrar neste famoso aeroporto, pena!...


Paulo Olim